Já começaram as festividades de São João e com elas as lembranças da época das quadrilhas de criança. Só em pensar posso sentir o cheiro das comidas feitas de milho, do sarapatel, quentão e caldo de feijão. Na caixa de som tocava Alcymar Monteiro, Flávio José, Targino Gondim e Luiz Gonzaga. Afinal, quem nunca ouviu falar em Luiz Gonzaga? Ícone da música nordestina.
Toda a banda de forró que se presa apresenta nos shows alguns sucessos do Rei do Baião, como popularmente foi chamado. Com músicas que retratavam sua vida, o respeito, a fé de seu povo, sua luta e até mesmo a fauna e a flora da região Nordeste. Gonzagão chegou a uma carreira brilhante sem nenhum relato de drogas ou bebidas alcoólicas.
Ao falar desse mestre da sanfona, o leitor lembra de imediato da música Asa Branca que tantas pessoas classificam erroneamente de hino nordestino.
Ano passado tive o prazer de conhecer o museu de Luiz Gonzaga em Exu-PE. Até sandálias utilizadas por ele podem ser encontradas por lá.
Enquanto caminhava pela casa do Rei do Baião ficava imaginando, o que Luiz Gonzaga diria se ainda estivesse vivo. As músicas tão dançantes da sua época agora não passam de saudades. Ultimamente, muitas bandas de forró propagam letras que incentivam a destruição do valor familiar, o uso de bebidas alcoólicas e tratam da mulher como um objeto sexual.
De fato estamos em outro século, mas sinto falta de músicas que deixam aquela vontade de dançar apertado com alguém ou de utilizar as letras como apresentações educacionais.
Cadê as músicas que tratavam do nordestino? Da cultura do seu povo, dos seus apelos, suas revoltas...? Cadê o romantismo?
O leitor também deve está lembrando das músicas de axé baiano que antes falavam da história da Bahia, dos exploradores e da esperança. Hoje o divertido virou vulgar e o axé virou sinônimo de letras sem nexo com dançarinas nuas em cima do palco.
Toda aquela vontade de mudança e a verdadeira poesia nas músicas agora pertencem ao passado.
Em algumas freqüências de rádios locais, às 18h em ponto, ainda pode ser ouvida a Ave Maria Sertaneja, cantada por Luiz Gonzaga, que na verdade é uma prece. Acreditem, há pessoas que ligam o rádio somente nesta hora para rezar junto com o Rei do Baião.
Ah, Gonzagão, que saudade da sua força e esperança! A juventude atual anda tão influenciada pela mídia que não consegue criticar e banir tantas músicas vulgares do seu cotidiano.
Que nas festas juninas possamos ter o prazer de assistir bandas nas quais resgatem as músicas de Luiz Gonzaga ou nos apresentem letras sobre o Nordeste e nos devolvam a alegria que precisamos para festejarmos em paz a época mais esperada durante o ano pelos nordestinos.
Toda a banda de forró que se presa apresenta nos shows alguns sucessos do Rei do Baião, como popularmente foi chamado. Com músicas que retratavam sua vida, o respeito, a fé de seu povo, sua luta e até mesmo a fauna e a flora da região Nordeste. Gonzagão chegou a uma carreira brilhante sem nenhum relato de drogas ou bebidas alcoólicas.
Ao falar desse mestre da sanfona, o leitor lembra de imediato da música Asa Branca que tantas pessoas classificam erroneamente de hino nordestino.
Ano passado tive o prazer de conhecer o museu de Luiz Gonzaga em Exu-PE. Até sandálias utilizadas por ele podem ser encontradas por lá.
Enquanto caminhava pela casa do Rei do Baião ficava imaginando, o que Luiz Gonzaga diria se ainda estivesse vivo. As músicas tão dançantes da sua época agora não passam de saudades. Ultimamente, muitas bandas de forró propagam letras que incentivam a destruição do valor familiar, o uso de bebidas alcoólicas e tratam da mulher como um objeto sexual.
De fato estamos em outro século, mas sinto falta de músicas que deixam aquela vontade de dançar apertado com alguém ou de utilizar as letras como apresentações educacionais.
Cadê as músicas que tratavam do nordestino? Da cultura do seu povo, dos seus apelos, suas revoltas...? Cadê o romantismo?
O leitor também deve está lembrando das músicas de axé baiano que antes falavam da história da Bahia, dos exploradores e da esperança. Hoje o divertido virou vulgar e o axé virou sinônimo de letras sem nexo com dançarinas nuas em cima do palco.
Toda aquela vontade de mudança e a verdadeira poesia nas músicas agora pertencem ao passado.
Em algumas freqüências de rádios locais, às 18h em ponto, ainda pode ser ouvida a Ave Maria Sertaneja, cantada por Luiz Gonzaga, que na verdade é uma prece. Acreditem, há pessoas que ligam o rádio somente nesta hora para rezar junto com o Rei do Baião.
Ah, Gonzagão, que saudade da sua força e esperança! A juventude atual anda tão influenciada pela mídia que não consegue criticar e banir tantas músicas vulgares do seu cotidiano.
Que nas festas juninas possamos ter o prazer de assistir bandas nas quais resgatem as músicas de Luiz Gonzaga ou nos apresentem letras sobre o Nordeste e nos devolvam a alegria que precisamos para festejarmos em paz a época mais esperada durante o ano pelos nordestinos.
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* professora de Geografia e colaboradora do JP
* professora de Geografia e colaboradora do JP
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